Estadão.com: Contrato do Itaquerão é motivo de desentendimento no Corinthians

Do Estadão.com.br:

Conselho do Corinthians cobra contrato definitivo para o Itaquerão

Presidente do Conselho afirma que clube tem apenas um pré-contrato repleto de ‘lacunas’

Vítor Marques – estadão.com.br

Reprodução do Estadão.com.br

SÃO PAULO – O Itaquerão, estádio do Corinthians que será anunciado nesta semana como palco da abertura da Copa de 2014, tem apenas um pré-contrato assinado com a Odebrecht e virou alvo de embate entre o Conselho Deliberativo do clube e o presidente Andrés Sanchez.

O Conselho cobra que seja divulgado o contrato definitivo entre a empreiteira e o clube, além de uma série outros pontos considerados por eles como obscuros.

Por sua vez, a diretoria se defende e diz que está disposta a prestar esclarecimentos aos conselheiros.

O ponto de discórdia é quanto a assinatura do contrato, ratificado por clube e empreiteira no dia 1.º de setembro, em festa realizada no Itaquerão com a presença do ex-presidente Lula.

O Conselheiro Deliberativo garante que tudo não passa de um pré-contrato, “com imensas lacunas”, segundo o presidente do Conselho Carlos Senger, que assinou o documento, em nota divulgada nesta segunda-feira (leia a integra abaixo).

“Impõem-se – só para ficarmos num item – que todo o Conselho seja informado, por exemplo, dos termos em que o eventual empréstimo junto ao BNDES será tomado. Com que juros, com que prazo, com que garantias, com quais riscos?”, afirma Senger. “Aliás, a quantas andam este vultoso contrato? O empréstimo já foi solicitado formalmente àquele orgão? Foi concedido?”

Essa é a segunda manisfestação pública do conselho em um mês cobrando a diretoria e o presidente Andres Sanches sobre o contrato do Itaquerão.

A primeira nota do Conselho, divulgada no dia 7 de outubro, desencadeou uma resposta de Andres Sanchéz na última sexta-feira. A “batalha” pode terminar no Conselho numa reunião extraordinária. A cobrança maior dos conselheiros, em especial os da oposição, diz respeito ao custo final da obra, que poderá ultrapassar R$ 1 bilhão.

A Fifa irá confirmar nesta semana que o estádio do Corinthians será o palco da abertura da Copa do Mundo. O anúncio oficial será feito na Suíça até esta quinta-feira, informa a entidade. O presidente Andrés Sanchez, segundo sua assessoria, não irá participar do evento.
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Folha.com: Obra do Itaquerão está parada há quatro dias devido às chuvas

Da Folha.com:

Chuva para terraplanagem do Itaquerão

Reprodução da Folha.com

Os trabalhos de terraplanagem no Itaquerão, que tem a chance de receber a abertura da Copa do Mundo-2014, estão paralisados desde a última sexta-feira, quando começou a chover mais forte em São Paulo, segundo informação da Odebrecht, empresa responsável pelas obras do futuro estádio do Corinthians.

No entanto, a construtora informou que a execução dos blocos de concreto e a instalação das estacas não foram paralisadas por conta da chuva.

Após quatro meses e meio do início das obras, mais de 60% da terraplanagem no local já foi feita, ainda segundo a empresa. Até o momento, foram executados 257 blocos e cravadas 1.115 estacas.

A primeira coluna de sustentação do Itaquerão foi colocada no final de agosto.

O cronograma de obras já contou com a terraplanagem (limpeza do terreno) em junho, a colocação das estacas das fundações a partir de meados de julho, e a implantação dos blocos de coroamento –peças que transferem o peso das estruturas.

No início do mês, a Odebrecht e o Corinthians desenharam o campo. Os funcionários pintaram as linhas do campo e já instalaram até as traves.

PONTAPÉ INICIAL

A primeira estaca foi cravada no terreno no dia 15 de julho, ainda antes do que ocorreu na Arena Palestra, do Palmeiras.

O alicerce foi fincado a 14 metros de profundidade na área onde vai ficar a arquibancada leste da praça esportiva.

17/10/2011

Blog do Perrone: Nem o conselho do Corinthians viu os contratos do Itaquerão

Do Blog do Perrone

Presidente de Conselho cobra transparência em gastos do Itaquerão

Reprodução do Blog do Perrone

Carlos João Eduardo Senger, presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, cobra a diretoria do clube para apresentar o documento assinado com a Odebrecht para a construção do estádio em Itaquera. Até agora, ninguém fora da diretoria teve acesso ao acordo.

Senger também vai criar uma comissão para acompanhar as obras da arena. “Precisamos saber detalhadamente quanto vai custar o  estádio, quem vai pagar e como será o pagamento. Não podemos correr o risco de de ficar com uma  imensa dívida”, disse o cartola.

Ele também quer saber quem paga atualmente os trabalhos, pois  o financiamento junto ao BNDES ainda não foi feito. “Estão tocando a obra, mas não vejo nenhuma movimentação financeira. Como pode? Alguém já viu construtora fazer alguma coisa sem receber e ainda tirar do bolso?”, disse o conselheiro Romeu Tuma Júnior. Ele pertence à oposição, que também pede esclarecimentos.

“Estão criando um monstro. Ninguém sabe o cheiro que vai sair desse bueiro quando levantarem a tampa. A MSI perto disso será fichinha”, completou Tuma Júnior.

A diretoria responde que, no atual estágio, a Odebrecht banca com recursos próprios a obra.

Para ler no Blog do Perrone

06/10/2011

Super Esportes: Dutos podem melar cronograma de obras do estádio Itaquerão

Do Super Esportes

Dutos podem melar cronograma de obras do estádio Itaquerão

Corinthians atrasa a remoção da tubulação que está embaixo do terreno do futuro estádio e previsão de entrega da obra deve ser adiada mais uma vez

Reprodução: site Super Esportes

São Paulo — Os dutos da Petrobrás localizados no terreno do futuro Itaquerão continuam comprometendo a construção do estádio e a ambição paulista de sediar a abertura da Copa do Mundo de 2014. Alegando “questões técnicas”, o Corinthians atrasou em 10 dias a entrega do Termo de Definição de Responsabilidade ao Ministério Público Federal, cujo prazo ia até 23 de setembro. Como o clube protocolou o documento que detalha a remoção dos dutos só na última segunda-feira, o MP pode pedir o embargo da obra e atrasar ainda mais o andamento da construção, que só começou em 30 de maio.

Mesmo que a paralisação não aconteça, o estrago já está feito. Os dutos que transportam combustíveis altamente inflamáveis só poderão ser removidos após a assinatura formal de documentos entre Ministério Público, Corinthians, Odebrecht e Petrobrás. Como a documentação atrasou e ainda não foi analisada pelo Ministério Público, a construtora está proibida de mexer nos dutos.

Por enquanto, a Odebrecht defende que, no estágio atual da obra, os dutos não atrapalham. Porém, no início do ano que vem já estão programadas ações no local acima da tubulação. A previsão para remoção dos dutos é de cerca de 60 dias, o que pode coincidir com a época das chuvas em São Paulo e atrasar a realização da obra.

Aos poucos, o otimismo corintiano em relação ao estádio vai dando lugar à preocupação. Antes, o presidente do clube, Andrés Sanchez, apostava na entrega do Itaquerão em “agosto ou setembro de 2013”. Já a construtora trabalhava com a previsão de término das obras em dezembro de 2013. Mas a Odebrecht reviu os cálculos e agora acredita na entrega do estádio para fevereiro de 2014, data limite para a utilização da arena na Copa do Mundo, segundo a Fifa.

“Não temos nada contra receber o estádio em fevereiro de 2014. Mas tem de ser em fevereiro e não em abril”, disse o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, em julho passado, preocupado com o tempo hábil para a realização de eventos de teste na Arena.

O custo do estádio corintiano está oficialmente estimado em R$ 820 milhões, sendo que R$ 400 milhões são oriundos de empréstimo do BNDES e R$ 420 milhões serão cedidos pela prefeitura na forma de incentivos fiscais. Na última semana, porém, Andrés Sanchez disse à revista Época que a obra custará mais de R$ 1 bilhão.

Neste mês, a entidade máxima do futebol pretende anunciar qual será a cidade escolhida para a realização da abertura da Copa do Mundo. O evento é pleiteado por Brasília, Belo Horizonte, Salvador e São Paulo. Se o atraso na remoção dos dutos da Petrobrás for confirmado, o Itaquerão verá diminuir as suas chances de sediar o primeiro jogo e, até mesmo, de estar no Mundial.

Entenda o caso
Embaixo do terreno do Itaquerão estão instalados dutos da Petrobrás que transportam querosene de aviação, gasolina e óleo combustível. Como os produtos são altamente inflamáveis e o Ministério Público vetou a remoção deles antes da formalização de todos os documentos necessários, a Odebrecht está proibida de mexer no local. Após o aval do MP, os dutos serão substituídos por peças novas e realocados em uma área lateral no terreno. A previsão de duração da transposição é de 60 dias e o prazo máximo para evitar que a obra coincida com a época de chuvas é dezembro.

Acordo com a Transpetro
Inicialmente, o custo para a remoção dos dutos estava estimado em R$ 30 milhões, valor que o Corinthians se comprometeu a pagar integralmente, sem ônus à Petrobrás. Para diminuir os gastos com a operação, o clube paulista negocia um acordo com a Transpetro.

empresa emprestaria alguns dutos para a transposição e o clube compraria novas estruturas diretamente de uma fornecedora da Petrobrás. A estimativa  que, assim, o valor da obra caia para $ 20 milhões.

Para ler no site Super Esportes

06/10/2011

Portal Copa 2014: Itaquerão não cumpre exigências da Fifa para jogo de abertura

Do Portal Copa 2014

Fifa abre exceção para que estádio de Itaquera receba abertura da Copa

Entidade vetou arquibancada móvel e cobertura parcial para sedes que concorriam à abertura

Reprodução portal Copa 2014

Reprodução do portal Copa 2014

Se a Fifa confirmar o Itaquerão para a abertura da Copa nas próximas semanas, a entidade estará abrindo uma exceção às regras que seu Comitê Organizador Local (COL) impôs às demais cidades-sede.

Segundo fontes envolvidas com os preparativos do Mundial, a determinação em 2009, ano da seleção dos projetos, era que os estádios candidatos à abertura tivessem arquibancadas permanentes e cobertura para 100% do público.

Não é o caso do Itaquerão. O estádio tem 48 mil lugares fixos e chegará a 68 mil com assentos temporários. Considerando somente a estrutura permanente, a cobertura protegerá 85% do público (41 mil), segundo os arquitetos Aníbal Coutinho e Paulo Cordeiro, coautores do projeto.

Este percentual cairá durante o Mundial. Apesar de estar prevista a ampliação das arquibancadas, o telhado será o mesmo para não encarecer a obra. “Nas arquibancadas para a Copa não havia sentido em estender o telhado, porque é um item caríssimo, de 20% a 25% da construção”, estima Coutinho.

Segundo ele, o projeto de Itaquera passou pelo crivo da Fifa e, mesmo deixando parte do público descoberta e sentada em arquibancadas móveis, atende às exigências da entidade para receber uma abertura de Copa. Os itens seriam obrigatórios somente em setores vip e de mídia.

Regalias

No entanto, fontes ligadas a projetos da Copa reclamam do tratamento diferenciado recebido por São Paulo. Segundo elas, a regra do COL era ter estádios 100% cobertos e com arquibancadas fixas nos principais jogos do Mundial.

“Até Cuiabá terá 100% das arquibancadas cobertas”, diz um dos responsáveis. “Sempre foi expressamente proibido fazer arquibancadas desmontáveis para o estádio de abertura. Acho estranho flexibilizar depois, já que a regra foi uma só para todos.”

Em abril do ano passado, a Fifa vetou a proposta de instalar assentos temporários no Morumbi. Naquele momento, a casa são-paulina era cotada para receber o jogo de abertura, mas a proposta foi vetada em junho.

Três meses depois surgia o projeto do Itaquerão, logo indicado para sediar a cerimônia de estreia. Apenas em agosto deste ano foi confirmado que o estádio teria 20 mil assentos temporários.

Concorrentes à abertura da Copa, o Mané Garrincha (Brasília) e o Mineirão (Belo Horizonte) terão arquibancadas fixas e oferecerão ao público cobertura integral.
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Estadão: Sem planejamento e eficiência, Itaquerão vai custar mais que o previsto

Do Estadão.com

Andrés Sanchez admite Itaquerão a R$ 1 bilhão e prevê desgaste para Lula

Oficialmente, o estádio que abrirá a Copa de 2014 tem valor estimado em R$ 780 milhões

Reprodução do Estadão.comSÃO PAULO – O presidente do Corinthians Andrés Sanchez admitiu que o Itaquerão, futuro estádio do clube que deve ficar pronto em 2014 e receberá o jogo de abertura daCopa do Mundo do Brasil, custará mais de R$ 1 bilhão. Em entrevista à revista Época deste fim de semana, ele também disse que a revelação do valor causará uma saia justa para o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, torcedor declarado da equipe alvinegra.

“Quem fez o estádio fui eu e o Lula. Garanto que vai custar mais de R$ 1 bilhão. Ponto. A parte financeira ninguém mexeu. Só eu, o Lula e o Emílio Odebrecht [presidente do Conselho de Administração da Odebrecht]”, afirmou Andrés. A Odebrecht é a construtora responsável pela construção do estádio.

Oficialmente, o montante total para a construção da arena será de R$ 780 milhões. O estádio está em construção no bairro de Itaquera, zona leste de São Paulo.

“Não vai ficar feio pra ninguém. Vai ficar, talvez, não imoral, mas difícil para o Lula. Porque vão falar: ‘Pô, como é que uma empreiteira se submete a fazer isso? Por que o presidente pediu?’. É o que insinuam até hoje”, afirmou Sanchez.

OUTRO LADO
Em nota oficial divulgada pelo Corinthians neste sábado, Sánchez desmentiu a parte das declarações publicadas pela revista. Veja o comunicado, na íntegra:

O presidente Andrés Sanchez vem a público para esclarecer que não disse à reportagem da Revista Época, publicada neste sábado, dia 1 de outubro, a seguinte frase “Garanto que vai custar R$ 1 bi”, sobre o custo da construção do estádio em Itaquera.

Andrés Sanchez esclarece que disse justamente o contrário. O presidente afirmou que apesar de ter o primeiro orçamento em mais de R$1bi, o Corinthians lutou para baixar este valor para R$ 820 mi e que o custo total da obra não irá superar esta marca, já acordada entre Clube e Construtora. (Com ESPN)

Para ler no Portal do Estadão

01/10/2011

Folha.com: Corinthians perde prazo e obra do Itaquerão pode ser embargada

Da Folha.com

Corinthians descumpre acordo, e Procuradoria pode pedir embargo na arena

Reprodução Folha.com

Reprodução Folha.com

O Ministério Público Federal diz que o Corinthians não cumpriu o prazo do acordo feito em relação à remoção dos dutos da Transpetro que existem no terreno do Itaquerão. O termo que deveria ter sido entregue até esta sexta-feira definia as responsabilidades do Corinthians e da Transpetro na obra. Ao perder a data, a entidade poderá entrar com ação impedindo a remoção.

O clube, por sua vez, afirma que o documento foi entregue ao MPF na quinta-feira, com todas as licenças que autorizam a execução da retirada dos dutos.

No entanto, de acordo com o MPF, o termo não chegou ao gabinete do procurador que cuida do caso, José Roberto Pimenta Oliveira, o que já caracteriza que o Corinthians perdeu o prazo.

Por isso, a entidade diz que tomará as providências cabíveis ao processo. A decisão sobre qual será a atitude tomada deverá sair na segunda-feira, quando Oliveira retornará aos trabalhos.

O acordo entre clube e MPF foi firmado no último dia 19, quando o Corinthians assumiu também que irá bancar todos os custos relativos à remoção dos dutos do terreno de seu futuro estádio.

Além do termo de definições de responsabilidade, na reunião com o clube e o MPF, a Transpetro se comprometeu a entregar ao clube até o dia 30 todos os elementos técnicos necessários para a retirada dos dutos do local.

A obra, também segundo o que foi firmado na reunião, deverá durar 60 dias.

Para a Odebrecht, construtora do Itaquerão, a retirada dos dutos não irá interferir no prazo de entrega do estádio se for executada até o fim deste ano. Uma das razões é o período das chuvas.

Porém, com o MPF indicando que o clube perdeu o prazo, a obra poderá ser postergada a pedido da promotoria e atrasar a conclusão do estádio corintiano.

A previsão de entrega da arena, indicada para sediar a abertura da Copa-2014, é dezembro de 2013. No entanto, a Fifa, por meio de seu secretário-geral, Jérôme Valck, já sinalizou que pode esperar o estádio até fevereiro de 2014.

Para ler na Folha.com

30/09/2011

Portal Copa 2014: Itaquerão e estádios de clubes são problema a mil dias da Copa

Do Portal Copa 2014

A mil dias da Copa, são as arenas privadas que preocupam

Obras de Arena da Baixada, Beira-Rio e Itaquerão ainda enfrentam problemas para o Mundial

Rafael Massimino* – São Paulo

Reprodução Portal Copa 2014

Quando as sedes da Copa de 2014 foram anunciadas, poucos poderiam imaginar que os estádios privados enfrentariam grandes dificuldades para sair do papel. Agora, faltando quase mil dias para a abertura do evento, Arena da baixada, Beira-Rio e Itaquerão mostram o quanto estavam erradas as previsões.

Curitiba é um caso emblemático. Quando o Brasil deu a largada para a construção dos estádios, em 2010, a Arena da Baixada ocupava posição confortável. Inaugurada em 1999, a casa do Atlético Paranaense já tinha boa parte de sua estrutura adaptada aos padrões modernos do futebol.

No entanto, desde 2009 o Atlético Paranaense não realiza obras na estrutura. O arquiteto do estádio, Carlos Arcos, avisa que se a modernização não começar até outubro, Curitiba ficará fora da Copa das Confederações (saiba mais). A diretoria discorda. Após vários adiamentos, o presidente Marcos Malucelli pensa em interditar o estádio somente depois do Campeonato Brasileiro, em dezembro.

O cartola acredita que exista uma folga pelo fato de a arena estar 75% pronta. Número contestado por Arcos, para quem apenas 45% do estádio se adéqua às novas normas da Fifa.

O Beira-Rio é outro caso preocupante. O Internacional começou a modernização com recursos próprios e um orçamento de R$ 150 milhões, modesto para os padrões do Mundial. Após pressões da Fifa, o clube decidiu abrir mão de receitas futuras e entregar as obras para a Andrade Gutierrez.

Resultado: o custo saltou para R$ 290 milhões, as obras estão paradas há três meses e as negociações do contrato emperraram. O mais grave é que conselheiros podem vetar o acordo por acreditarem que o clube perderá receita com o negócio. Com isso, volta-se à estaca zero.

Itaquerão
Um dos estádios mais controversos da Copa é o de Itaquera. Até então um mero desejo do Corinthians, a arena começou a virar realidade em setembro de 2010 depois que o Morumbi foi vetado pela Fifa.

Só que a novela para o início das obras quase transformou em pesadelo o sonho de consumo do torcedor corintiano. Marcada para janeiro deste ano, a terraplanagem foi seguidamente adiada, começando apenas no último dia de maio. De lá para cá, a construtora Odebrecht afirma que 10,65% das obras avançaram.

Mesmo com 430 operários trabalhando no Itaquerão, uma série de problemas ameaça paralisar a construção do estádio. O principal deles é uma ação do Ministério Público paulista, que exige detalhes sobre o financiamento do projeto.

Orçado em R$ 820 milhões pela construtora, o estádio não sairá por menos de R$ 900 milhões. Parte do custo será pago à Petrobras pela retirada de oleodutos que atravessam o terreno. Outra fatia será bancada pelo governo paulista, que vai alugar 20 mil assentos temporários caso o estádio seja escolhido para a abertura da Copa.

Ao menos R$ 420 milhões serão dados pela prefeitura paulistana por meio de um programa de incentivos para a zona leste, onde ficará o futuro estádio. O vereador Aurélio Miguel considera o esquema irregular, e tem ação correndo na Justiça para suspender as obras.

Fonte de inúmeros problemas, o Itaquerão depende ainda da assinatura de contratos. A criação da Sociedade de Propósitos Específicos (SPE) foi assinada em setembro, com a presença do ex-presidente Lula no canteiro de obras.

Mas ainda resta a constituição de um fundo imobiliário para arrecadar o dinheiro para as obras, incluindo o empréstimo de R$ 400 milhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). O banco ainda não foi consultado.

Para Ler no Portal Copa 2014

Folha: retirada de dutos do Itaquerão é adiada e não se sabe quem paga a conta

Da Folha de S.Paulo

PainelFC: Retirada dos dutos do Itaquerão é adiada

Reprodução Folha.com

A retirada dos dutos do terreno do Itaquerão, futuro estádio corintiano, foi adiada. A Odebrecht havia previsto que a transposição seria feita no início de setembro. Porém, tal previsão já foi abandonada.

A informação está na coluna Painel FC, assinada por Eduardo Ohata e Bernardo Itri, publicada neste domingo pela Folha.

Ainda segundo a coluna, o diretor de marketing do Corinthians, Luis Paulo Rosenberg, deve se reunir com executivos da construtora, nesta segunda, para definir uma nova data para a mudança de rota dos dutos da Transpetro, braço de logística da Petrobras.

O custo da alteração será de R$ 30 milhões. Ainda não foi divulgado quem pagará a conta. No início de agosto, a Transpetro instalou cercas de proteção para proteger a área, também foram colocadas placas de sinalização adicionais.

Para ler na Folha

Portal iG: Para Sócrates, Itaquerão não deveria ser construído

Sócrates, o Dr. Sócrates, um dos maiores ídolos do Corinthians e do futebol brasileiro, é contra a construção de um estádio para o clube ou para a Copa 2014 e critica também a localização do Itaquerão. 

Do Portal iG

Sócrates diz que “Fielzão” não deveria ser construído para a Copa

Ex-jogador, recuperado de grave hemorragia, acha ruim levantar a arena em Itaquera. “Não tem condições de fazer um estádio ali”

Marcel Rizzo, iG

Recuperado de uma hemorragia no estômago, que o deixou internado por nove dias, Sócrates ainda não desistiu de um dia disputar a presidência da CBF, desta vez sem o discurso de “anticandidato” apenas para incomodar. Talvez com ele no comando da entidade o estádio do Corinthians, o Fielzão (favorito para abrir a Copa do Mundo de 2014), nem existisse. Ele é contra a construção, apesar de ser um dos maiores ídolos da história centenária do clube.

Veja abaixo a entrevista do “Doutor”, que recebeu o iG em sua casa, falou do problema que o levou ao hospital, mas também de assuntos que adora: CBF, Ricardo Teixeira, Copa do Mundo…

iG: O que você acha do estádio do Corinthians ser candidato a abrir uma Copa do Mundo, como você vê essa obra?

Sócrates: Mais um artifício para movimentar dinheiro público. Não tem condições de fazer um estádio ali. Você tem que construir onde tem facilidades. Lá tem hospital perto? Tem dificuldade de acesso, tem um só modo de chegar, você não tem avenida, p… nenhuma. Pode ser legal para o Corinthians, mas e para a população em geral? Gastar uma p… nota ali?

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Portal iG: Dutos da Petrobras continuam no caminho do Itaquerão

O Itaquerão segue em obras para a Copa de 2014, mas um setor inteiro depende da retirada de dutos da Petrobras que passam no terreno. A empreitada vai custar R$ 30 milhões e está sendo negociada pelo endividado Corinthians. Na entrevista do gerente da Odebrecht Frederico Barbosa fica claro que o cronograma do estádio anda no fio da navalho. É confiar demais na sorte…

Do Portal iG

Odebrecht aguarda ação corintiana sobre dutos para acelerar obras

Com obras dentro dos prazos estabelecidos, dutos da Transpetro são única dor de cabeça no Fielzão

As obras do futuro estádio do Corinthians já completaram três meses e acontecem num ritmo satisfatório de acordo com Frederico Barbosa, gerente operacional da Odebrecht, empresa que conduz as ações do palco paulista na Copa de 2014. Só uma questão ainda sem resposta do Corinthians atrapalha um andamento mais tranquilo da construção: os dutos da Transpetro, ligada à Petrobrás, que estão abaixo do terreno onde o estádio está sendo construído.

Em entrevista ao iG na quarta-feira, Barbosa disse que a indefinição sobre a realocação dos dutos não impede o andamento das obras, mas atrapalha. Esta ação independe da Odebrecht segundo o gerente. Corinthians e Transpetro negociam os valores que serão gastos para fazer essa remoção. O montante bate nos R$ 30 milhões. Procurados pela reportagem, nem o Corinthians, nem a empresa ligada à Petrobrás deram um prazo para a solução do impasse. A Odebrecht só espera que ele seja resolvido neste ano para terminar as obras dentro do prazo, em dezembro de 2013, mesmo o com o cronograma apontando o término para julho de 2014, durante a Copa.

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iG: Cronograma oficial prevê Itaquerão 100% pronto só no meio do Mundial

Do Portal iG

Cronograma oficial prevê Fielzão 100% pronto só no meio do Mundial

De acordo com planejamento, toque final no estádio será dado em julho de 2014, com a Copa do Mundo já iniciada

O cronograma oficial das obras do estádio do Corinthians em Itaquera prevê que os últimos retoques para a conclusão da arena serão dados apenas no dia 4 de julho de 2014, 23 dias depois do início da Copa do Mundo no Brasil. O iG teve acesso ao cronograma feito pela Odebrecht no último dia 24 de agosto.

O cronograma aponta o início das obras em 23 de maio de 2011, data em que foi feito o contrato para a primeira etapa da terraplenagem, e aponta o término para 4 de julho de 2014. Nessa data, de acordo com o cronograma, será encerrada a mobília do estádio. O cronograma está na sala de reunião da empresa montada no antigo prédio das categorias de base ao lado do canteiro de obras em Itaquera.

“Essa data aí é para colocar a cadeira da imprensa, a mobília. É a cadeira, ou alguma coisa assim. Isso nem é atividade da Odebrecht”, disse Fernando Barbosa, gerente operacional da construtora. “As obras vão terminar em 31 de dezembro de 2013”, completou, apontando para o próprio cronograma . A Odebrecht, em um hot site recentemente lançado para o acompanhamento do projeto, aponta que o estádio ficará pronto em fevereiro de 2014, prazo limite dado pela Fifa.

O cronograma da Odebrecht, contudo, traz uma data importante de conclusão que vai além de fevereiro. As arquibancadas móveis, necessárias para adaptar o estádio às exigências da Fifa de ampliação de capacidade de 48 mil para 65 mil lugares, têm como data de entrega o dia 25 de abril de 2014, um mês e meio antes da abertura.

“Está aí dia 25 (de abril), mas vamos fazer tudo para que fique pronto tudo junto, dia 31 de dezembro de 2013”, disse Barbosa. As arquibancadas móveis são responsabilidade de outra empresa, a suíça Nussli, indicada pela Fifa. Elas custarão R$ 46,6 milhões aos cofres públicos. A Nussli fez a ampliação da capacidade do estádio da Cidade do Cabo, na África do Sul, para a Copa de 2010.

A Odebrecht minimiza as datas apertadas do seu cronograma. Barbosa diz que o mais importante é a avaliação da Fifa para o andamento das obras. No último dia 26, Charles Botta, consultor da Fifa, esteve em Itaquera e avaliou como positivo o andamento das obras. “Ele nos disse que estava ‘more than happy’, mais do que feliz. Isso é que realmente interessa e nos deixa felizes também”, disse Barbosa.

Link para ler no Portal iG

01/09/2011

Estadão: Ministro prevê 8 estádios prontos em 2012; Itaquerão, só em 2014

O Mineirão estará entre eles, pronto para a Copa das Confederações e para a abertura da Copa de 2014. O Itaquerão, nas contas do ministro, só no ano da Copa.

Do Estado de São Paulo

Ministro Orlando Silva prevê 8 estádios prontos até fim de 2012

Tomas Okuda – Agência Estado

O ministro do Esporte, Orlando Silva, disse neste sábado que o governo Dilma Rousseff está na fase de planejamento e execução de temas operacionais relativos a telecomunicações, saúde e energia, tendo em vista a Copa do Mundo de 2014. O ministro fez essa afirmação ao comentar que considera “assunto resolvido” a possibilidade de atraso no cronograma de construção dos estádios.

“A construção dos estádios é questão equacionada”, afirmou ele, que participou da Conferência Municipal do PCdoB, em São Paulo. De acordo com Orlando Silva, até o fim de 2012, oito dos 12 estádios para a Copa estarão prontos. “Poderemos chegar à Copa da Confederações, em meados de 2013, com 10 estádios prontos e apenas São Paulo [Itaquerão] e Natal [Arena das Dunas] deverão ficar para 2014″.

O ministro disse estar confiante com relação à questão dos aeroportos. Segundo ele, as medidas tomadas pela presidente Dilma já estão surtindo efeito. “Investimentos, concessões, tudo isso vai repercutir positivamente”, garantiu.

27/08/2011

Folha: Projeto de Itaquera é o pior das 12 sedes da Copa-14

Deu na Folha.com:

Bernardo Itri
Eduardo Ohata

DO PAINEL FC

Entre todos os projetos dos estádios da Copa de 2014, o do Corinthians é o que apresenta mais deficiências.

Por meio de pessoas ligadas ao clube, a Folha teve acesso ao relatório enviado pela Fifa e pelo Comitê Organizador Local com todas as restrições que o projeto de Itaquera tem. No total, são 109 apontamentos feitos.

A reportagem apurou com os comitês de todas as outras cidades-sedes e, no primeiro relatório recebido, cada projeto teve, em média, 30 restrições, quase quatro vezes menos que o estádio do Corinthians, em Itaquera.

Arenas consideradas problemáticas, como as de Cuiabá, de Brasília, o Maracanã e até o Morumbi, tiveram cerca de 30 problemas apontados nos primeiros relatórios.

O estádio do São Paulo, aliás, foi vetado para abrigar as partidas da Copa de 2014 para dar lugar à futura arena do arquirrival Corinthians.

FORA DA ABERTURA

Nas 109 restrições relatadas estão relacionadas desde a quantidade de assentos –insuficiente para receber o jogo de abertura do Mundial –até a estrutura do estádio, “de baixa qualidade”.

Para abrigar o jogo de abertura, a Fifa exige, no mínimo, 60 mil lugares para torcedores. No entanto, como exposto no relatório, o atual projeto de Itaquera suporta menos que esse número: chega a 59.842 assentos.

Com essa quantidade, além de não estar apto para receber a abertura, o estádio corintiano não poderá nem abrigar uma partida de semifinal do Mundial do Brasil.

O relatório ainda aponta que o número de assentos está “justo”, considerando os lugares que possivelmente terão de ser inutilizados para o uso de plataformas de câmeras e estúdios de imprensa, por exemplo.

A área destinada para a mídia, inclusive, é um dos grandes problemas do projeto de Itaquera. Segundo o relatório, “é inaceitável que a tribuna de imprensa esteja atrás da linha do gol”.

Outro ponto importante ressaltado é a data para a conclusão da área de hospitalidade. O prazo estipulado no projeto não cumpre o pedido pela Fifa, que exige que a área seja entregue, no máximo, em julho de 2013.

A questão de visibilidade é salientada no relatório. É o chamado “valor C”, relacionado à posição dos assentos e a consequente, ou não, obstrução da visão dos torcedores de uma fileira acima.

No projeto apresentado pelo Corinthians, o espaço é de 7 cm, quando a Fifa recomenda entre 9 cm e 12 cm.

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Blog Cosme Rímoli: A abertura da Copa em Itaquera nunca esteve tão ameaçada

Deu no Blog Cosme Rímoli:

A abertura da Copa em Itaquera nunca esteve tão ameaçada. A Odebrechet só garante o estádio na data limite da Fifa, fevereiro de 2014. Contrariando até a palavra de Dilma. Será que não é o que muita gente queria?

A presidente Dilma foi bem clara.

Jurou que o Brasil irá fazer a melhor Copa do Mundo de todas…

E falou mais…

Prometeu que todos os estádios estariam prontos em dezembro de 2013…

Todos…

Só que…

Lá vem o problemático Itaquerão e a construtora Odebrecht para acabar com a festa…

Depois de várias e várias datas…

No seu site oficial, a Odebrecht acaba de garantir: Itaquerão ficará pronto…

Em fevereiro de 2014…

Mudou, como em um passe de mágica de dezembro de 2013 para a data limite…

A quatro meses da Copa do Mundo…

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BN Esportes: Presidente do Corinthians prevê problemas com Itaquerão

Deu no BN Esportes:

Cláudia Callado

O presidente corintiano, Andrés Sanchez, demonstrou preocupação com o futuro das obras do estádio do clube, o Itaquerão, depois que ele deixar a presidência, no fim de 2011. O dirigente admitiu em entrevista à TV Bandeirantes, que o alvinegro encontrará dificuldades durante o processo de construção da nova arena. Justamente por esse problema, Sanchez acredita que a permanência do seu grupo político no comando do clube evitaria maiores transtornos.

Andrés já assumiu publicamente seu apoio à candidatura de Mario Gobbi para a presidência do Corinthians e declarou que espera que seu sucessor saia vitorioso. “É óbvio que eu sou o maior articulador do estádio, e vão ter dificuldades (após ele deixar a presidência, no fim do ano). Mas continuo conselheiro e espero que o meu sucessor ganhe a eleição para eu poder ajudar também”, declarou.

Ainda sobre o assunto da abertura da Copa do Mundo de 2014, o presidente do Timão ressaltou o legado que a arena deixará para a população da Zona Leste de São Paulo. “O que vai deixar de legado para a Zona Leste é muito mais importante do que um estádio de futebol”, afirmou. O dirigente ainda completou dizendo que, independente da localização do estádio, a torcida corintiana compareceria. “A verdade é que a nossa torcida é tão fantástica que o estádio poderia ser em Itaquera, no Morumbi, no Jardim Leonor, que o corintiano iria para ver o Corinthians jogar”, finalizou.

03/08/2011

Revista Época – Itaquerão: o Brasil começa a perder a Copa (Guilherme Fiuza)

Deu na revista Época:

São Paulo, Brasil, 1971. Jogando contra a Áustria, Pelé faz seu último gol pela Seleção Brasileira. Local: Estádio Cícero Pompeu de Toledo, o Morumbi, palco sagrado de mais de uma década de lances geniais do maior jogador de todos os tempos. Se, naquele momento, alguém escrevesse uma crônica futurista sobre uma Copa do Mundo no Brasil, na qual o Morumbi ficaria fechado e a abertura da competição seria jogada no estádio Itaquerão, o autor seria considerado um péssimo humorista.

O que seria só uma piada de mau gosto naquele momento histórico é plena realidade 40 anos depois. Eis o roteiro que ninguém levaria a sério naquele tempo (e em nenhum outro): o Brasil ganha a sede da Copa do Mundo de 2014 e o Morumbi, um dos principais estádios do mundo, é barrado no baile. Seu projeto de reformas, orçado em quase R$ 300 milhões, é considerado “insuficiente”. Sob regência do corintiano Luiz Inácio Lula da Silva e a bênção da Confederação Brasileira de Futebol, a CBF, surge um projeto considerado “mais viável” pelos organizadores da competição: a construção de um novo estádio no distrito paulistano de Itaquera por R$ 820 milhões.

Questionado algumas vezes se o milagre do Itaquerão iria mesmo se consumar até a Copa do Mundo, o presidente do Corinthians – e mago do projeto – apresentou sua garantia: Lula quer. Um argumento forte. Como todos sabem, quando Lula quer, os caminhos se abrem – e os cofres públicos também.

A engenharia financeira do novo estádio é mais espetacular que final de Copa do Mundo (especialmente para quem a montou). O dono é o Corinthians, mas a “garantidora” é a empreiteira encarregada das obras. Ela vai garantir a entrada daqueles milhões todos com um “fundo de investimento imobiliário” que ainda não existe. Mas, quando as cotas desse fundo forem postas à venda no mercado, tudo vai dar certo: o BNDES despejará R$ 400 milhões no canteiro de obras.

Como se vê, quando Lula quer, as coisas acontecem. Deve ser o tal carisma de que tanto falam.

O mais genial é que o garantidor final dos recursos, o avalista, é uma entidade que nunca falha: você

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Super Esportes: Itaquerão ainda é estádio fantasma

Deu no Super Esportes:

Correio vai ao terreno onde será construído o estádio do Corinthians e constata: só há mato e terra. Diversos problemas ainda impedem o início da obra e candidatura à abertura do Mundial está em risco

Felipe Seffrin – Correio Braziliense

São Paulo — Cinco anos após a oficialização do Brasil como o país-sede da Copa do Mundo de 2014, a cidade de São Paulo representa a desorganização do país com relação aos prazos de execução das obras dos estádios. A maior e mais rica metrópole brasileira só não está mais atrasada em seu planejamento para o Mundial do que Natal (RN) e já está praticamente fora da Copa das Confederações de 2013.

O Correio foi ao terreno abandonado na Zona Leste, onde o Corinthians planeja construir seu estádio, avalizado pelo Poder Público como a sede paulista, e só encontrou lama e mato. Não existem seguranças nem tapumes da empreiteira Odebrecht, responsável pela futura obra.

Ainda sob análise da Fifa e dos órgãos públicos, o Itaquerão não tem data marcada para sair do papel, tampouco garantias financeiras para virar realidade. Mesmo assim, a cidade quer sediar a abertura da Copa do Mundo. Veja quais são os maiores problemas que o Comitê Organizador Local (COL) terá que resolver para que a capital paulista seja o local da primeira partida do Mundial de 2014.

Dutos da Petrobras

Embaixo do terreno de Itaquera estão dois dutos da Petrobras que transportam produtos altamente inflamáveis (gasolina, querosene de aviação e óleo combustível) entre as cidades de São Caetano do Sul e São José dos Campos. Na semana passada, o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, confessou que a reposição dos dutos só deve estar concluída em agosto.

Outro problema está no preço da operação. O presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, chama a tubulação de “dutos malditos”, mas minimiza o problema, dizendo que estão na futura área do estacionamento do estádio. “Quem fez (os dutos) foi a Odebrecht e quem vai tirar é a Odebrecht. Vai custar R$ 2,2 milhões, é um problema simples.”

A Petrobras traz um panorama diferente. “O projeto apresentado prevê o desvio dos dutos para uma área adjacente, obra que pode ser concluída em um prazo de até 120 dias após a concessão da licença ambiental e a cessão do terreno por onde passará a nova faixa de dutos. A estimativa inicial de custo é de até R$ 30 milhões”, afirma em nota a Transpetro, subsidiária para logística e transporte. Questionada sobre quem arcaria com os custos da operação, a empresa respondeu que “a decisão sobre os custos da retirada dos dutos do local compete aos empreendedores do estádio”.

Nas mãos da Justiça

Mesmo se quisesse, o Corinthians não poderia começar as obras no terreno de Itaquera. A área de 197.095m², cedida pela Prefeitura ao Corinthians em 1988 por 90 anos, é objeto de uma ação judicial do Ministério Público. Isso porque o clube não cumpriu o compromisso de construir seu estádio no local em cinco anos. Em 2001, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal de São Paulo concluiu que o alvinegro não fez jus ao acordo de concessão.

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Super Esportes: Falta de “selo verde” pode impedir acesso do Itaquerão ao BNDES

Deu no Super Esportes:

Corinthians precisa conseguir um certificado de sustentabilidade para receber os R$ 400 milhões de empréstimo

Redação – Correio Braziliense

O Itaquerão, estádio que o Corinthians está construindo para ser uma das sedes da Copa do Mundo de 2014, corre o risco de perder os R$ 400 milhões de empréstimo do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) pela falta da certificação de sustentabilidade da arena.

De acordo com matéria divulgada no portal UOL, o clube ainda não entrou com o pedido no Green Building Council Brasil (GBC), grupo responsável por gerir o processo de certificação.

O Corinthians ainda tem quatro meses, prazo estabelecido pelo BNDES, para conseguir o “selo” de sustentabilidade. E só de iniciar o processo junto à GBC, 20% do empréstimo já será liberado pelo banco estatal.

Não é apenas o BNDES que exige o certificado de sustentabilidade. A própria Fifa exigiu em documento que todas as arenas construídas ou reformadas para o Mundial em 2014 tenha a tal certificação.

09/08/2011

Yahoo: São Paulo realmente precisa do Itaquerão? (Raquel Rolnik)

Deu no Yahoo Notícias:

Artigo de Raquel Rolnik

Quando falamos em Copa do Mundo no Brasil, um assunto difícil de abordar é a questão do estádio de São Paulo, que está inclusive ameaçando a participação da cidade no evento. Esse assunto é difícil porque envolve diferentes aspectos que, a meu ver, deveriam ser tratados separadamente: a necessidade de um novo estádio para São Paulo, a falta de um estádio para o time mais popular da capital e o futuro do bairro de Itaquera, na Zona Leste paulistana.

Em primeiro lugar, a cidade de São Paulo precisa construir um novo estádio para a Copa do Mundo? Não. O Morumbi poderia perfeitamente ser reformado para o evento, o que significaria economia de recursos financeiros. As razões da decisão da Fifa de não aceitar a reforma proposta pelo São Paulo, aliás, até hoje não ficaram claras. Aparentemente, há uma necessidade muito maior de gerar gastos de bilhões de reais do que de superar problemas técnicos.

Obviamente, o Morumbi tem problemas, a começar por sua localização. Some-se a isso o difícil acesso ao estádio por transporte público. Mas a implementação de um bom projeto de mobilidade seria um ganho para toda a cidade, não apenas para quem usa o Morumbi, seja em dias de jogos, seja em dias de shows, mas também para os moradores, trabalhadores e frequentadores da região.

A segunda questão é: o Corinthians merece ter o seu próprio estádio? Como clube de futebol mais popular da cidade, paixão e alma paulistana, o Corinthians merece, sim, ter seu estádio. Mas será que o estádio do Corinthians não é o Pacaembu? Além de ser extremamente bem localizado, com fácil acesso por metrô e ônibus, o Pacaembu é também o estádio mais bonito do Brasil em termos de arquitetura e inserção urbana. Uma parceria entre o Corinthians e a prefeitura de São Paulo poderia viabilizar esta solução, mantendo o estádio aberto ao público como deve ser. O Pacaembu merece o Corinthians e o Corinthians merece o Pacaembu.

Por fim, em relação à Itaquera: o bairro merece intervenções urbanísticas que proporcionem melhorias para a região? Claro que sim! Itaquera, um dos centros da Zona Leste, a região mais povoada – e historicamente negligenciada – de São Paulo, carece de investimentos urbanísticos há muito planejados e nunca implementados. Mas, seguramente, um estádio não tem a capacidade de transformação urbanística positiva que se quer vender com a construção do Itaquerão.

Em lugar nenhum do mundo, grandes estádios atraem grande densidade de usos e investimentos em seu entorno. Muito pelo contrário – no mais das vezes, acabam gerando uma zona morta ao seu redor, já que ocupam grandes áreas, exigem grandes espaços de estacionamento e áreas de escape e, assim, bloqueiam a urbanidade. Ou seja, uma intervenção urbanística em Itaquera é bem-vinda, mas não será o Itaquerão que proporcionará as melhorias de que o bairro precisa. Itaquera e a Zona Leste merecem algo muito melhor que um estádio que, após a Copa, se tornará um elefante branco.

Infelizmente, ao se misturar três questões muito distintas, esconde-se o que não se quer dizer e impede-se – pela paixão – de se tomar uma decisão a altura de São Paulo, dos corinthianos e dos moradores da Zona Leste.

08/06/2011